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Tratamento, Manutenção e preservação de instrumentais odontológicos

BLOCO I

Tratamento, Manutenção e Preservação de Instrumentais odontológicos:

Por: Eridon Araújo:

Eridon Araújo é CEO da empresa Profilática. Higienista com especialização no uso de substâncias químicas em processos de Limpeza, Descontaminação, Desinfecção, Esterilização e Antissepsia, dentro e fora do Brasil, com a experiência de mais de 30 anos na área da Saúde, em especial Controle de Infecções e Biossegurança.

Por que devemos realizar o Tratamento de Instrumentais com cuidado e conhecimento ?

A experiência ao longo dos anos tem demonstrado que o correto Tratamento dos Instrumentais realizado com cuidado e conhecimento  gera grande economia para o serviço odontológico. Artigos e instrumentais representam um valor expressivo se considerarmos a necessidade de reposição dos mesmos no consultório. Portanto, a durabilidade dos instrumentais precisa e pode ser preservada. A intenção na abordagem deste importante assunto não é esgotá-lo totalmente mas trabalhar em parceria com o (a) dentista trazendo informações que possam ajudá-lo (a) a prolongar ao máximo a vida dos seus instrumentais e ainda propiciar um tratamento de qualidade para o seu paciente.

Instrumentos odontológicos geralmente são instrumentos de precisão caros. Dependendo da configuração dos instrumentais, os mesmos podem apresentar maior ou menor sensibilidade ao tratamento que recebem quando em contato com a água, químicos utilizados nos processos de limpeza, desinfecção, vapor da autoclave na esterilização e até resíduos orgânicos que podem permanecer em suas superfícies.

Pequenos depósitos de sangue podem facilmente se transformar em corrosão grave (ferrugem). A corrosão e desgaste dos instrumentais não têm origem em um único fator. A corrosão e desgaste, que atuam reduzindo o tempo de vida do instrumental, são agravadas pela baixa qualidade da água de processamento, cloreto, substâncias químicas, umidade e altas temperaturas durante os processos usados para esterilização (qualidade do vapor na autoclave, por exemplo). A corrosão e desgaste dos instrumentais podem resultar até em inutilização dos mesmos ou torná-los perigosos para o paciente.

Atualizando a terminologia utilizada para artigos e instrumentais no Brasil.

Antes de entrarmos no assunto propriamente dito – Tratamento, Manutenção e Preservação de Artigos e Instrumentais Odontológicos – cabe uma pequena atualização sobre a atual terminologia que define Artigos e Instrumentais utilizados no âmbito médico e odontológico para tratamento de pacientes no Brasil.

Artigos e Instrumentais médico – odontológicos encontram-se hoje bem definidos no âmbito da Saúde como Produtos para Saúde (PPS). Portanto, seguindo tais atualizações de terminologia, ao falarmos em processamento ou Tratamento e Manutenção de Produtos para Saúde (PPS) em nossos textos, estaremos nos referindo principalmente aos Artigos e Instrumentais Odontológicos  passíveis de processamento.

Processamento de Artigos e Instrumentais (PPS):

Produtos para Saúde passíveis de processamento são produtos fabricados à partir de matérias primas e conformação estrutural, que permitem repetidos processos de uso, umectação, limpeza, descontaminação, desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e funcionalidade.

Entende-se como processamento de Produtos para Saúde um conjunto de ações relacionadas à umectação, pré-limpeza, limpeza/descontaminação, secagem, lubrificação, preparo, desinfecção, esterilização e revitalização aplicado sobre os instrumentais, visando prolongar a vida dos mesmos e garantir um tratamento mais seguro aos pacientes.

Inclui-se ainda no processamento de Produtos para Saúde a avaliação da integridade e da funcionalidade, bem como da armazenagem. Tais procedimentos são muito importantes e também contribuem para que o tratamento dos pacientes possa ocorrer com o menor risco possível.

Para preservar a qualidade dos instrumentos o usuário pode e deve contribuir decisivamente, ou seja, garantir o processamento e tratamento constante e correto de seus instrumentais a fim de preservar o tempo de vida dos mesmos por um tempo mais longo.

Referências:

  1. RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012
  2. Proper Maintenance of Instruments, Working Group Instruments Preparation, ArbeitsKreis Instrumenten-Aufbereitung, 2009

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