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6 mitos e verdades sobre o detergente enzimático

detergente enzimático é um produto bastante procurado para ambientes de saúde. Destinado à limpeza de PPS, ele atua diminuindo a tensão superficial para remover sujeiras hidrossolúveis e não solúveis em água, combinando com as enzimas que atuam na remoção da matéria orgânica, dissolvendo os substratos específicos que dificultam a limpeza. 

É fato que o detergente enzimático possui alto poder de limpeza, principalmente pela ação do surfactante presente em sua composição. Entretanto, ainda encontramos muitos boatos sobre esse produto, o que pode levar os responsáveis pelo tratamento de instrumentais a cometerem erros de processamento. 

Por isso, decidimos compilar os principais mitos e verdades sobre o detergente enzimático, a fim de auxiliar a biossegurança dos ambientes de saúde. Confira, a seguir! 

1. Detergente enzimático com mais tipos de enzimas é melhor 

MITO | A RDC 55, que regulamenta a fabricação dos detergentes enzimáticos, especifica que o produto precisa conter dois grupos de enzimas (protease e amilase), as demais enzimas podem ser acrescentadas na composição para potencializar a remoção da sujidade. 

O detergente enzimático é composto por 4 enzimas (proteases, amilases, lipases e celulases), suficientes para a funcionalidade dele. Além dessas 4 enzimas, temos o que são chamadas sub-enzimas, que podem auxiliar no processo, porém não tem efeito realmente significativo

Portanto, produtos que tenham mais enzimas do que isso não necessariamente serão melhores, em muitos casos, é apenas um apelo de “marketing”. A composição do produto tem um peso superior do que a quantidade a mais de tipos de enzimas.  

2. Consultórios odontológicos podem usar detergente doméstico em vez do enzimático

MITO | Para evitar contaminações, os instrumentais odontológicos precisam ser limpos com detergente enzimático antes da esterilização. O sabão ou detergente doméstico agem somente na emulsificação de gordura, ou seja, fazem a ligação das moléculas de gordura com a água.

É possível utilizar outros tipos de detergentes, mas que sejam de uso hospitalar pelo rastreamento do processo de fabricação e garantia de qualidade do produto, reduzindo risco de contaminação e  trazendo mais segurança no processo e qualificação da instituição/consultório. 

3. O detergente enzimático só pode ser usado em PPS não críticos  

MITO | O poder de ação do detergente enzimático é tão grande que atua até mesmo nos lugares mais inacessíveis dos PPS, sem danificá-los. Dessa forma, pode (e deve) ser utilizado no tratamento de todos os instrumentais, inclusive cirúrgicos.

4. Detergente enzimático não elimina os microrganismos

VERDADE | O detergente enzimático não possui função microbicida ou microbiostático. Portanto, ele não atua eliminando os microrganismos, mas fazendo a remoção deles dos PPS por suspensão, junto a sujidade e matéria orgânica. 

5. Detergente enzimático só pode ser usado uma vez 

VERDADE | Uma vez diluída, a solução de limpeza não pode ser reutilizada, pois isso compromete sua eficácia. Como dito no tópico anterior, o detergente não elimina os microrganismos, as faz a remoção deles. Portanto, na solução que já foi preparada e usada, há presença dos microrganismos que podem contaminar um novo PPS caso seja reutilizada. Além disso, as enzimas podem ser saturadas durante o uso, perdendo parte da eficiência.

6. Dá para diluir o detergente enzimático em concentrações diferentes para reaproveitar o produto

MITO | É importantíssimo que as pessoas responsáveis pela diluição do detergente enzimático sigam as indicações de uso escritas pelo fabricante no rótulo do produto. Além disso, devem fazer a diluição apenas do necessário para imersão completa dos PPS que serão submetidos ao processo de limpeza. 

Um erro bastante comum é diluir numa concentração maior do que o indicado para reaproveitamento da solução ou acreditando que terá maior eficácia, o que não é verdade. Isso deve ser evitado. 

Tem mais alguma dúvida sobre o produto? Manda para a gente!

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